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Projeto social premiado leva oficinas de arte para comunidades periféricas

A vontade de uma professora de unir educação, arte e saúde foi o que deu origem ao projeto Arte por Toda Parte, que desde agosto de 2021 possibilita que crianças e adolescentes gaúchos tenham acesso a oficinas de cerâmica, pintura e arte no prato, em que elas criam obras de artes comestíveis utilizando frutas.

 O projeto foi criado pela professora e artista plástica Patrícia Muniz, 44 anos, em 2016, na cidade de Imbituba, Santa Catarina. 

Desde o ano passado, a Associação do Voluntariado e da Solidariedade (Avesol) é a entidade parceira que atua levando o projeto para comunidades na Capital e na Região Metropolitana. Crianças e adolescentes de quatro a 14 anos que moram na Ilha dos Marinheiros, Vila Nova, Mário Quintana, Safira, Bom Jesus, Partenon e são atendidas por alguma instituição parceira da Avesol já participaram do projeto. A estimativa da ONG é que até dezembro desse ano o projeto também passe por GravataíSanta Maria e Osório, atendendo, no total, mais de 200 participantes. 

– Nós atuamos em toda a aplicação do projeto no Rio Grande do Sul, em um trabalho conjunto com a Patrícia. As entidades que já eram parceiras da Avesol foram as contempladas nesse primeiro momento. Mas, tem dado tão certo, que outras instituições têm nos procurado – explica a psicóloga que atua como supervisora administrativa na Avesol, Daniela Van der Straeten Pimentel, 37 anos.

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Destaque

De acordo com Patrícia, desde que foi criado, o projeto já atendeu cerca de 10 mil crianças e adolescentes. Além disso, no seu primeiro ano, ele foi premiado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como um dos projetos mais inovadores do país. De lá pra cá, a professora já apresentou os resultados da iniciativa em países como Inglaterra e Portugal:

– Fomos vendo que conforme as crianças entravam no projeto, algumas delas deixavam de precisar de medicação controlada. O resultado se apresenta muito além das questões culturais. 

A expectativa é que o projeto possa ser executado em outros estados do país a partir da criação de polos, como os que existem em Imbituba e Porto Alegre.

Desafios

Daniela conta que, apesar da receptividade das crianças atendidas, o projeto passou por alguns desafios. O principal deles foi o momento de agravamento da pandemia, em que as oficinas precisaram ter seu calendário alterado, já que algumas instituições fecharam. Além disso, alguns artistas contraíram covid-19, o que também exigiu readequações:

– Várias modificações vão sendo feitas a partir da situação que se apresenta. 

A psicóloga destaca a importância de desenvolver o projeto com organizações que, em seu dia a dia, enfrentam dificuldades para atender as comunidades. Para ela, a aproximação da arte, da saúde, da cultura e da educação é um diferencial que já tem mostrado resultado na vida dos participantes. Mas, ela entende que, a partir da primeira edição, o projeto também fica com a provocação de como dar continuidade ao trabalho desenvolvido.

CONFIRA
/// Para saber mais sobre o projeto, acesse o site avesol.org.br, entre em contato pelos telefones (51) 3221-2318 e (51) 99990-2818 (WhatsApp) ou pelo e-mail avesol@avesol.org.br.

Produção: Kênia Fialho